Em seu novo livro “Ciclos”,  Maria Celça reflete sobre a consciência da morte para a compreensão de que só se vive uma vez 

Tendo a morte como tema central, a escritora cearense, Maria Celça, lança o livro “Ciclos” nesta quinta-feira (10), às 18h, na Biblioteca Pública Estadual do Ceará (Bece). Com entrada gratuita, a atividade contará com a mediação de Milena Palha e acontecerá no espaço multiuso da Bece. 

Após trauma de perder uma pessoa que a amava por um trágico acidente, a autora Maria Celça iniciou a escrita do livro como uma tentativa de minimizar a dor do luto. Por se tratar de um relato pessoal da autora, o livro está escrito em primeira pessoa, no qual Maria expõe inquietações e incertezas, sobretudo no que se refere à busca por sentido no que vive, quando se vê diante da realidade de não mais poder voltar atrás no tempo e reconsiderar (in)decisões. 

A consciência da morte e a aceitação de que tudo o que vivemos é passageiro, no entendimento da autora, representa a possibilidade de um mundo melhor, com pessoas mais tolerantes e mais empáticas, capazes de repensar atitudes e valores.

Para a Maria, a publicação do Ciclos representa “a oportunidade de levar aos leitores reflexões sobre respeito, tolerância e aceitação; ser e fazer o outro feliz; aproveitar a vida e a ela dar propósito”. Ela acredita em seu relato como um desencadeador de reflexões sobre o viver, com destaque para as relações afetivas, que podem impactar na vida de outras pessoas, que poderão se identificar com sentimentos revelados e refletir sobre atitudes e comportamentos moldados por crenças e traumas.

Os temas são atravessados por questões psicológicas, em um contexto em que “o sentir” é mais importante do que “o entender”, narrando uma história da qual são partes constituintes registros (e-mail, postagens no Facebook, mensagens via Messenger, fotos) que ajudaram a autora a mergulhar nas memórias, na tentativa de acomodar dentro de si o que estava sentindo.

Sinopse

Ao sair de casa, naquela noite, Régi me deixou livre para pensar no que era melhor para mim e no que eu queria da vida. Partiu dizendo “quando você resolver o que quer, a gente conversa!”. Passaram-se dois anos e eu nas minhas confusões íntimas não resolvi nada. Nem ele me procurou mais. Optamos, sem a conversa necessária, por não seguir adiante com aquela história. Ele, eu não sei, mas eu carregava no peito a esperança da volta. Só não sabia lidar, naquele momento e em tantos outros, com meus medos. E confiei que a vida cuidaria para que as coisas se ajustassem no tempo certo. Até que um dia a notícia do trágico acidente me desestabilizou, diante da infeliz certeza de que eu não teria outra chance. E me restaram o pranto, a dor e os questionamentos. Por isso me dediquei a escrever sobre a vida, esse ciclo que se encerra, independentemente do nosso querer.

Sobre a autora

Maria Celça é autora dos livros “Espelhos” (2011) e Ciclos (2021); participou da Antologia “Encontrei quando menos procurava”, com o texto “Flores do sertão baiano (2012), lançado na X Bienal Internacional do Livro do Ceará; atualmente está trabalhando no terceiro livro, “Quem pariu Mateus que lute!” (título provisório); além disso, publica no Recanto das Letras (https://www.recantodasletras.com.br/autores/mariacelca); mestra em Linguística Aplicada (PosLA/UECE), especialista em Linguística Aplicada e Ensino de Línguas Estrangeiras (UFC); graduada em Letras Espanhol (UFC); professora da rede estadual do Ceará, vinculada à Seduc; membro da equipe editorial da Revista Linguagem em Foco (PosLA/UECE).

Sobre nós!

A Biblioteca Pública Estadual do Ceará (Bece) é um equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). 

Serviço
Lançamento do Livro “Ciclos” de Maria Celça
Dia 10 de agosto, às 18h
Entrada: Gratuita
Classificação Indicativa: Livre
Local: Biblioteca Pública Estadual do Ceará (Av. Presidente Castelo Branco, 255, Praia de Iracema)