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Bece realiza Ciclos Formativos em Literaturas Diversas para o Presente

A Biblioteca Pública Estadual do Ceará (Bece), equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar – IDM, realiza, nos dias 28 e 29 de março, o Ciclos Formativos em Literaturas Diversas para o Presente. Com dois encontros presenciais e gratuitos, a Bece chega na terceira edição dos Ciclos Formativos. 

Com narrativas e obras construídas em um espaço de fuga e captura do mercado de produção cultural, acadêmico e cuja trajetórias possibilitam a construção de novos circuitos, traremos: Tieta Macau, Merremii Karão Jaguaribaras, Zwanga,  Afroito (PE), Davinci e Lunática.

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Antecipando e expandindo a data do 19 de abril, o Dia dos Povos Indígenas, a mesa “A terra e a palavra: a escrita como cultivo da ancestralidade”, celebra as diferentes escritas dos povos originários e tradicionais do Nordeste. Com a presença de Tieta Macau, Merremii Karão Jaguaribaras e Zwanga, o encontro acontece na terça-feira (28), às 18h30, na Biblioteca Pública. A discussão enfoca-se mais especificamente nas etnias karão jaguaribaras e marakanãs, localizadas em território Pitaguary e Maracanaú. Conheceremos o trabalho de três jovens artistas, o contexto de suas obras e forma de circulação, entrelaçando a linguagem oral e a escrita.

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Já na quarta-feira (29), também às 18h30, na Biblioteca Pública, acontecerá a mesa “Literatura Cantada: da Margem ao Centro”, com Afroito (PE), Davinci e Lunática. O encontro traz à tona discussões comuns que acontecem em diversas periferias, de diversas cidades pelo Brasil: o que é periférico torna-se o centro? Ao cantar o cotidiano de suas vidas evocando identidades, elas ampliam a voz de diferentes populações e condensam histórias de vida diversas, como exemplo de subversão da narrativa única.

Para participar é necessário se inscrever através deste Formulário de Inscrição e ter acima de 16 anos. 

Conheça os participantes:

Tieta Macau:  é artista transdisciplinar, filhe da serpente, criadore de macumbarias cênicas e Vodunsi na Mina jejê. Tieta Macau é interessada em processos de criação, produção cênica afroreferenciada, poéticas populares e afrodiaspórica, historiografia da arte, escrita em dança entre outras encruzas. É licenciade em Teatro pela UFMA (MA), cursa o bacharelado em Dança e o mestrado em História Social na UFC (CE).

Merremii Karão Jaguaribaras: Pertence a Nação Karão Jaguaribaras. Agricultora, artesã, militante indígena, contista, poetisa, ambientalista, Artista Visual graduanda em Sociologia pela Universidade Internacional da Lusofonia Afro- Brasileira- UNILAB- CE. Graduada em Serviço Social pela Universidade Anhanguera do Centro de Educação a Distância CEAD, UNIDERP.

Zwanga: antropóloga, professora e artista multilinguagem com ênfase na performance-ritualística, aparição, artes visuais e escrita. Trabalha a valorização de da sua ancestralidade afrikana, em especial a de origem bantu, e a sua ancestralidade indígena, que vem sendo retomada a partir da ave marakanã. Vive na busca e afirmação das presenças étnicas-políticas-culturais negras e nativas do município de MaraKanaú-CE.

Afroito: Cantautor afrofuturista pernambucano, brincante dos brinquedos de rua. Morador da periferia de Olinda e adepto do culto aos orixás, Afroito traz em suas canções a apreciação de mestres do gênero, como Selma do Coco, Mestre Ana Lúcia, Aurinha do Coco e Mestre Galo Preto. 

Davinci: Artista, Músico, Produtor Cultural atuante na comunidade do Grande Pirambu. Lançou o EP Dominante das Ruas (Selo do Século) em 2018, onde o artista apresenta composições Davinci já se apresentou em diversos saraus, eventos periféricos e Centros Culturais. Em 2022, apresentou a Live Dominante das Ruas com o Coletivo Selo do Século e Artistas Periféricos de outras linguagens, o projeto foi contemplado no Edital Aldir Blanc da Secultfor. Como realizador audiovisual, dirigiu e atuou no curta Origemdemovídeo (em parceria com JauhF). É integrante da banda do 10° laboratório do Porto Iracema das Artes, “AfroKaos”, e circulou no ano de 2023 com seus trabalhos na região do Cariri.

Lunática: Artista independente do Grande Bom Jardim, vem lançando seus trabalhos desde 2019. Criando o selo Subversão Reflexo de Rua no mesmo ano. Firmou trabalhos e conexões femininas dentro da capital nos gêneros do Drill e Boombap.

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