Leia atentamente a convocatória antes de se inscrever.
Acesse aqui: [Convocatória] Pomar – Laboratórios de Escritas e Mediação de Leitura
O período de inscrição é de 17 a 26 de dezembro de 2021.
Laboratório de Escritas: Formulário de Inscrição
Laboratório de Mediação de Leitura: Formulário de Inscrição
O projeto Pomar é uma iniciativa da Biblioteca Pública Estadual do Ceará (Bece), equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar – IDM, que consiste na criação de 02 laboratórios como ambientes de formação nos campos da Escrita e da Mediação de Leitura.
Nesta convocatória, cada Laboratório oferecerá um curso livre, gratuito, com carga horária total de 60 horas, divididos em 3 módulos, com 20 horas cada. O percurso formativo inclui aulas presenciais, de 4 horas/aula, e aulas abertas com escritores e especialistas no tema.
A metáfora de um Pomar surge da relação entre a natureza e a cultura como uma série de experiências coletivas e diversas de criação, de expressões de vida, tendo como base a palavra escrita e oral e a memória social. Essa experiência formativa será a primeira árvore de um Pomar, que cresce e multiplica-se ao longo do tempo e do espaço, seja o espaço físico da Bece e da cidade, assim como no imaginário de cada pessoa que do Pomar aproxima-se, seja enquanto alguém que conta, que ouve histórias, que lê ou que as escreve.
Inscrições: de 17 a 26 de dezembro de 2021
Resultado Final: até 03 de janeiro de 2022
Período das aulas: de 8 de janeiro a 5 de março de 2022
Laboratório de Escritas: quartas e sextas das 14h às 18h
Laboratório de Mediação de Leitura: terças e quintas das 14h às 18h
Laboratório de Escritas: Pessoas com idade a partir de 18 anos, prioritariamente estudantes oriundos de escolas e/ou universidades públicas, EJA (Ensino de Jovens e Adultos), além de professores/as, mediadores/as, bibliotecários/as e pessoas que atuam ou interessadas em atuar com o universo da escrita e da palavra.
Laboratório de Mediação de Leitura: Pessoas com idade a partir de 18 anos, prioritariamente de estudantes oriundos de escolas e/ou universidades públicas, professores/as de escolas públicas, mediadores/as de bibliotecas comunitárias, bibliotecários/as e demais pessoas que atuam em projetos sociais de leitura e formação de leitores/as.
O Laboratório de Escritas propõe um percurso formativo com o objetivo de reativar o prazer de escrever e de fabular, mesclando elementos reais com a ficção, as memórias de infância relativas às primeiras experiências com o gesto de escrever e seus usos, passando pela descoberta e re-invenção das histórias de nossos antepassados e chegando às diversas estratégias para criar, publicar e espalhar uma história.
Aprender a escrever é uma brincadeira de descoberta e de prazer, na infância. Um desafio celebrado a cada passo rumo à alfabetização, envolvendo a fabulação, a construção de novos mundos, e a fecunda imaginação infantil. Ao entrarmos na escola, a escrita passa a ser ferramenta na construção de um discurso que deve obedecer a regras.
Esse módulo busca trazer de volta o entusiasmo e a alegria da escrita, seja ela individual ou coletiva, com a apreensão de novas práticas sociais. Facilitador: Márcio Moreira
A memória social oferece narrativas reais que são permeadas de lacunas misteriosas e passagens fantásticas. Buscar e conhecer nossa própria história, a história de nossa família, o lugar e o contexto social ao nosso redor, além de ser uma aventura fértil em ideias para a criação escrita, é também fundamental para a re-invenção de realidades. Facilitador: Joaquim Ferreira
Temos, como uma das necessidades básicas, a construção de vínculos através da partilha de histórias. Hoje em dia é possível publicar (tornar uma história pública), de diversas maneiras, não mais esperando por grandes editoras. Há diversos circuitos construídos por quem escreve, seja online ou em papel. Conhecer o ciclo produtivo do livro, mercado editorial, publicações independentes e feiras é parte fundamental, mas não só. Os suportes de uma narrativa também podem se expandir, ir além do livro para paredes de lambes, zines, objetos, camisetas, cartas, ondas sonoras em um podcast. São possibilidades múltiplas que este módulo apresenta ao experimentar formas de espalhar as folhas escritas, os frutos e flores deste recém-nascido POMAR. Facilitadora: Anna K.
O Laboratório de Mediação de Leitura tem o objetivo de apresentar a mediação de leitura no seu conceito estendido, como afirma Paulo Freire: “a leitura de mundo antecede a leitura das palavras” e propor, por sua vez, situações de aprendizagem teórica e prática, além de ampliar o repertório de participantes que já tragam experiências prévias no campo da mediação de leitura. Neste curso, portanto, daremos destaque ao trabalho de quem media partilhas de histórias, sejam elas publicadas em livros ou clássicos da nossa cultura popular e oral.
Nosso ponto de partida é a infância, percebendo como as crianças apreendem e ressignificam as narrativas, vamos relacionar nossas vivências enquanto crianças que fomos sobre como nós ouvíamos as primeiras histórias, quais foram e como aconteciam as mediações de leitura. Tais momentos se intercalam com atividades práticas de mediação de leitura em diversos formatos. Facilitadora: Laiana Sousa
Borrando as fronteiras temporais, vamos evocar quem nos contou as primeiras histórias, em quais situações, como permanecem em nós e como se transformaram nas bases de nossa identidade. Nesse momento do curso vamos investigar as raízes por onde corre a seiva da memória social, da tradição oral e das práticas sociais ancestrais envolvendo a palavra. Facilitadora: Patrícia Bezerra
Como contar histórias hoje? Quais histórias se fazem urgentes? Estas são as duas perguntas que norteiam o módulo final em que o direito à imaginação, à cultura que se entrelaça à natureza da qual nós, seres humanos fazemos parte, à possibilidade de aprender a criar situações de mediação de leitura e de mundo – da forma como ele está hoje – são enfocadas. Facilitador: Talles Azigon
Como parte das ações comuns entre os dois módulos, serão realizadas dez aulas abertas com profissionais de grande relevância e experiência tanto na área da mediação de leitura como da escrita. São encontros presenciais que celebram temas comuns entre as duas turmas e promovem a troca de experiências do percurso até então. As aulas abertas poderão acontecer também de forma online, caso o/a facilitador/a não possa presencial.
Márcio Moreira
É escritor e pesquisador de histórias em quadrinhos. É graduado em Publicidade e Propaganda pela UFC, e Mestre em Comunicação pela mesma instituição, onde hoje é Doutorando. Como membro do coletivo cearense Netuno Press, já publicou quadrinhos como Pombos!, Sapacoco (com Débora Santos) e Anamnese (com Talles Rodrigues), além de contribuir com as coletâneas Boy’s Love em quadrinhos (editora Draco) e Mayara e Annabelle: Hora Extra, vencedora do HQ Mix de Melhor Publicação Independente (Conrad). Seus contos podem ser encontrados nas revistas Trasgo e Ignoto. Atualmente, vive de escrever e, às vezes, escreve para viver. Saiba mais em aquelemarciomoreira.tumblr.com
Joaquim Ferreira
Licenciado em Letras Português-Francês pela Universidade Federal do Ceará; Professor de Brasiliano; Escritor; Pesquisador da área de Literatura onde desenvolve pesquisas sobre questões étnico-raciais, gênero e sexualidade nas Literaturas Brasilianas; Professor e organizador dos cursos Re-conhecendo as Literaturas Afro-Indígena-Brasileira e Re-conhecendo as Literaturas Negro-brasilianas; Produtor e organizador do Cine Descoberta – Cineclube itinerante de educação e formação docente; Trans-ativista na luta pelos direitos civis de pessoas negras e LGBTQIAP+.
Anna K.
Escritora, educadora, produtora cultural e publisher. Tem vasta experiência no campo do livro, da escrita e da leitura, seja no terceiro setor ou na gestão pública. Participou de diversos números de antologias, coletâneas, revistas e zines. É mediadora de escritas e leituras. Autora de Claviculário (2017) e Olhar bem perto (2020). Trabalha há mais de 20 anos com oficinas educomunicacionais e mídias alternativas. É uma das idealizadoras da Aliás Editora, voltada para publicação da literatura produzida por mulheres.
Laiana Sousa
Bibliotecária, formadora e mediadora de leitura literária, Biblioterapeuta e Contadora de Histórias. Doutoranda em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Mestra em Ciência da Informação pela UFPB. Recentemente, participou como conteudista/autora do curso de extensão “Formação de Mediadores de Leitura” (160h), produzindo o capítulo Práticas Leitoras e Contação de Histórias, ofertado pela Fundação Demócrito Rocha. Atualmente, é Bibliotecária do NUTEDS/FAMED/UFC e bibliotecária consultora dos projetos Ventos do Saber e Territórios da Leitura.
Patrícia Bezerra
É bibliotecária e contadora de histórias. Formada em biblioteconomia pela UFC e em contação de histórias pela escola de narradores, dentre outros cursos, oficinas e experiências que a vida lhe proporcionou. Possui pós-graduação em gestão de biblioteca escolar, gestão de unidades de informação e metodologias ativas em educação. Atualmente trabalha com a oferta de cursos, oficinas e aulas particulares acerca da arte da narrativa oral e consultorias para bibliotecárias(os) escolares. É idealizadora do perfil @uma_bibliotecaria e do site umabibliotecaria.com.br.
Talles Azigon
É Poeta, Mediador de Leituras, Editor, Produtor e Curador de Eventos Literários. Um dos criadores da Editora Substânsia, Criador e Coordenador da Livro Livre Curió Biblioteca Comunitária. Desenvolve e pesquisa ações de mediação de leitura desde 2011. Foi mediador e formador de mediadores de leitura no programa Abraço Literário Itinerante (SESC – CE). Atuou em projetos como o Rota das Especiarias Temperos Literários, Festival da Poesia de Fortaleza, Massafeira, entre outros. Ainda como mediador foi convidado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais para o Seminário de Implementação do Plano Estadual de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas de Minas. Possui cincos livros publicados, entre eles Três Golpes D’água, MARoriGINAL e o projeto Saral.